A Epopeia de Gilgamesh
Em busca da imortalidade dos Deuses Alienígenas
Por Oilson Carlos Amaral
De todos os deuses anunnakis [aqueles que do céu (Anunna) vieram para a Terra (ki)], da mitologia suméria, Gilgamesh torna-se um dos mais importantes pela profunda mensagem que passa acerca de um obscuro tema da existência humana – a imortalidade dos deuses e a mortalidade humana.
Sendo um semideus, filho da relação entre a humana Ninsuna e o anunnaki Lugalbanda, Gilgamesh não aceita que tenha herdado a mortalidade genética dos humanos e não a imortalidade genética dos deuses alienígenas.
Na epopeia de Gilgamesh, o grande rei é considerado orgulhoso e arrogante pelos deuses sumérios da época (Shamash, Anu, Enlil, Enki, dentre outros) que então decidem lhe ensinar uma lição, enviando o homem selvagem Enkidu para humilhá-lo.
Enkidu e Gilgamesh, após uma feroz batalha em que nenhum dos dois é derrotado, tornam-se amigos e embarcam juntos em aventuras, dentre as quais chama a atenção a busca pela árvore da vida, que, se encontrada, proveria imortalidade ao grande Rei.
Quando Enkidu é atingido pela morte, Gilgamesh cai em profunda dor e, reconhecendo sua própria mortalidade pela morte de seu amigo, questiona o significado da vida e o valor da realização humana diante da extinção final.
A dor de Gilgamesh e as questões que a morte de seu amigo evoca ressoam até hoje em todo ser humano que luta com o significado da vida diante da morte.
Deixando de lado toda a sua antiga vaidade e orgulho, Gilgamesh parte em uma busca para encontrar o sentido da vida e, finalmente, alguma forma de derrotar a morte. Ao fazer isso, ele se torna o primeiro herói épico da literatura mundial:
"Ele cruzou para a margem distante, atravessou o vasto mar até o Sol nascente.Ele explorou a borda, buscou a vida sem morte."...
"Gilgamesh disse a ele, disse a Ziusudra, o Distante:
'Eu olho para você agora, Ziusudra, mas sua aparência não é estranha.Você é como eu.Eu tinha imaginado você como um grande guerreiro.Mas você está deitado de lado, reclinado à vontade.Diga-me, como você entrou na Assembleia dos Deuses - como encontrou a vida eterna?'”
Ziusudra, a quem Gilgamesh se refere, também é conhecido como Utnapishtim - a contraparte aproximada do Noé bíblico; o sobrevivente do dilúvio enviado por Deus, na mitologia ENLIL e os demais da assembleia dos anunnakis.
Utnapishtim disse a ele, a Gilgamesh:
"Tu vieste para cá, labutando e esforçando-te.
O que te darei, para que possas retornar à tua terra?
Vou revelar, ó Gilgamesh, uma coisa oculta;Um segredo dos Deuses eu te direi:
Existe uma planta,como uma amoreira espinhosa é sua raiz.
Seus espinhos são como os de uma videira, suas mãos eles vão picar.
Se suas mãos obtiverem a planta, Nova Vida você encontrará.A planta, aprendemos com o que se seguiu, cresceu debaixo d'água:"
Assim que Gilgamesh ouviu isso, abriu o narguilé.
O termo "narguilé" refere-se a uma espécie de cachimbo usado para fumar tabaco aromatizado. O texto provavelmente usa essa palavra como uma referência à ação de fumar o cachimbo, como uma forma de alívio ou relaxamento para Gilgamesh antes de sua jornada para o fundo do mar.
Depois do narguilé, ele amarrou pedras pesadas aos pés; Elas o puxaram para o fundo; Ele viu então a planta. Ele pegou a planta, embora ela picasse suas mãos. Ele cortou as pedras pesadas de seus pés e voltando a Urshanabi, disse a ele triunfantemente:
"Urshanabi,Esta planta é única de todas as plantas:Por meio dela, um homem pode recuperar todo o seu vigor!vai levá-lo para Uruk muralhada,lá a planta para cortar e comer.Deixe seu nome ser chamado"O homem se torna jovem na velhice!"Desta planta comereie voltarei ao meu estado juvenil."
Um selo cilíndrico sumério, de cerca de 1700 a.C., que ilustrou cenas do conto épico, mostra, à esquerda, um Gilgamesh seminu e desgrenhado lutando contra dois leões; à direita, Gilgamesh mostra a Urshanabi a planta da juventude eterna. Um Deus , no centro, segura uma ferramenta ou arma espiral incomum:
Mas o destino, como aconteceu com todos aqueles que nos milênios e séculos seguintes foram em busca da Planta da Juventude, interveio.
Enquanto Gilgamesh e Urshanabi "se preparavam para a noite, Gilgamesh viu um poço cuja água era fria. Ele desceu até lá para se banhar na água".
Então a calamidade atingiu: "Uma cobra cheirou a fragrância da planta. Ela veio e carregou a planta. ..."
Gilgamesh se senta e chora. Com suas lágrimas escorrendo pelo rosto ele pegou a mão de Urshanabi, o barqueiro:
"Para quem," (ele perguntou) "minhas mãos trabalharam?Para quem é gasto o sangue do meu coração?Para mim, não obtive o benefício;para uma serpente uma benção eu afetei. ..."
Finalmente, ao consultar Shamash – Deus do Sol, seu padrinho, lhe foi informado que a ele, Gilgamesh, tal qual aos demais homens, ao serem criados, lhes foi permitido pelos deuses provar da árvore do conhecimento, mas provar da árvore da vida não lhes foi permitido – vida eterna não lhes foi permitida.
Gilgamesh deveria, então, aproveitar as belezas e os prazeres da vida terrena, comer bem, tomar bom vinho e boa cerveja, amar sua esposa, seus filhos e seu povo, pois isso foi tudo o que os deuses lhe deram.
Embora, na história, Gilgamesh acabe falhando em ganhar a imortalidade, seus atos vivem através da palavra escrita e, assim, ele, de certa forma, se imortalizou entre nós.
Mesmo não sendo organicamente imortal, o semideus Gilgamesh reinou por 126 anos sobre Uruk e pode ter vivido 300 anos, entre 2800 à 2500 a. C. Seus descendentes tiveram longevidade bem menor.
Gilgamesh é descrito como tendo sido enterrado sob o Eufrates, em uma tumba aparentemente construída quando as águas do antigo rio se separaram, após sua morte.
Segundo o canal Mystery History, do Youtube, o corpo do rei Gilgamesh pode ter sido encontrado enterrado no atual Iraque no ano de 2003:
A epopeia de Gilgamesh é considerada por muitos historiadores como uma lenda. Entretanto, pesquisadores como Zecharia Sitchin, veem muita história nessa mitologia. Para Sitchin, em Crônicas da Terra, o sapiens resultou do aprimoramento genético elaborado pelos deuses Anunnakis a partir dos hominídeos da época.
É dele essa afirmação:
"Os deuses deram sabedoria ao homem, mas vida eterna não lhe deram."
Agora, sobre o Projeto de longevidade Gilgamesh divulgado por Andrew Sokar, bem, esse assunto apaixonante será tema de outra postagem. Por favor aguardem.
E você querido leitor, querida leitora:
Tal qual o Gilgamesh, já se perguntou sobre a brevidade e insignificância da vida?
Já se indignou por não lhe ser concedida a vida eterna, aqui na Terra mesmo?
Conte-nos nos comentários.
Para conhecer mais sobre o famoso rei da antiga Suméria, você pode consultar os links abaixo:
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