03 março 2023

Crônicas da Terra, de Zecharia Sitchin

 

Crônicas da Terra, de Sitchin

E a visita do Deus Sumério Anu ao Planeta Terra

Comentários de Oilson Carlos Amaral


Os livros de Crônicas da Terra de Sitchin  exploram a teoria de que a humanidade foi criada por uma antiga raça extraterrestre conhecida como os Anunnaki

A palavra Anunnaki é composta pelos elementos ANU, que se refere ao deus supremo sumério, NNA, que significa "princípio vital" ou "vida" e KI, que significa "Terra". Portanto, a palavra Anunnaki seria uma referência aos seres que vieram do céu para a Terra, trazendo o princípio vital ou a vida para o planeta.

Em seus livros Sitchin discute as visitas deles à Terra, incluindo as visitas de Anu, o líder da raça Anunnaki.

As visitas de Anu à Terra tem referências em praticamente todos os livros de Crônicas da Terra, dos quais os principais são os da lista abaixo:
  • O 12º Planeta
  • A Escada para o Céu
  • Guerra dos Deuses e dos Homens
  • Os Reinos Perdidos
  • Quando o Tempo começou
  • Gênese Revisitada
  • O Fim dos Dias
Em geral, Anu é retratado como um líder poderoso, que supervisionou as primeiras visitas e interações dos Anunnaki com a humanidade delegando e estabelecendo os poderes de mando inicialmente para seus filhos ENKI e ENLIL, depois para os descendentes destes, e, mais recentemente, na história de Sitchin, Anu teria delegado aos homens e semideuses, nomeados reis como citados em Crônicas da Terra, dos quais vale conhecer: Alulim, Alalgar, En-men-lu-ana, En-men-gal-ana, Dumuzi, Ensipazianna, Enmengalanna, Enmennagesto, Ubaidaba, Urninurta, Urukalagina , Gilgamesh e o último deles, Hamurabi.

Dos reis acima citados, os mais conhecidos são:
  • o Hamurabi, que teria sido um dos últimos reis a governar a região antes do declínio da influência dos Anunnaki e a transição para o domínio humano no controle político. Hamurabi também é conhecido por ter criado, sob influência Anunnaki, um dos mais antigos códigos de leis conhecidos.
Além da cultura dos reinados, do patriarcado, da mineração do ouro, também recebemos de Anu outras contribuições culturais, como:
  • A introdução da escrita cuneiforme, um dos primeiros sistemas de escrita do mundo, que teria sido ensinado aos sumérios;
  • A contribuição para a criação de um sistema de leis e justiça - o Código de Hamurabi já citado - que teria sido ensinado aos sumérios e que teria influenciado o desenvolvimento posterior do direito na Mesopotâmia e em outras civilizações;
  • A fundação de uma cidade sagrada, Nippur, que teria sido considerada o centro religioso do mundo pelos sumérios e onde teriam sido realizados importantes rituais e cerimônias religiosas;
  • A introdução de práticas de cultivo e agricultura, que teriam permitido aos sumérios aumentar sua produtividade e garantir a subsistência da população;
  • A transmissão de conhecimentos científicos e tecnológicos, como a astronomia, a metalurgia e a construção de grandes estruturas arquitetônicas, como templos e palácios.
Também se atribui a Anu a primeira divisão da Terra em regiões, quatro no caso, estabelecidas depois das Guerras das Pirâmides:
  • SUMÉRIA: ficou sob o domínio de seu filho Enlil, que se tornou o senhor dos deuses da Suméria e governou sua capital, Nippur.
  • EGITO: ficou sob o domínio de seu neto Marduk, filho de Enki. Marduk se estabeleceu no Egito e se tornou conhecido como Ra, o deus sol.
  • ANATÓLIA: ficou sob o domínio de seu outro filho, Enki, que estabeleceu sua capital na cidade de Harran.
  • ÍNDIA: ficou sob o domínio de seu filho Ninhursag, que governou a região de Harappa.
Essa teria sido a primeira grande divisão do mundo da qual se tem notícias. E continuou sendo dividido pelos Anunnaki numa segunda fase aos netos de Anu e depois aos primeiros semideuses e reis, sempre seguindo princípios hereditários de primogenitura.

Parece que divisão do Brasil em quinze Capitanias Hereditárias ocorrida em 1.534, por meio da Carta Régia de D. João III com o objetivo de facilitar a colonização do país, pode não ter sido muito criativa, mas, sim, seguido princípios já existente desde os primórdios da atual humanidade.

Da mesma forma, os diretores do filme O Senhor dos Anéis - o Retorno do Rei, podem não ter sido tão originais ao criarem aquela cena linda e grandiosa onde se acenderam diversas fogueiras nas colinas - “'As fogueiras', disse Gandalf. 'Como temia. Esta noite os montes estarão em chamas e à espreita nas colinas" . 

Essa semelhança das fogueiras vai ficar clara neste próximo tema:

Uma visita muito emblemática


Sitchin em sua obra O Livro Perdido de Enki, ao se referir a décima segunda tabuleta, descreve a visita mais importante e emblemática de Anu à Terra, sendo este momento de incrível beleza e relevância para os estudos da humanidade.

A passagem em questão é relatada nos seguintes textos:

"Depois de um longo tempo, Anu, o Senhor do Céu, veio para a Terra. Ele foi recebido com grande honra e homenagem por Enki e os outros líderes dos Anunnaki que estavam na Terra na época. Anu inspecionou as instalações dos Anunnaki e ficou impressionado com o que viu. Ele também se reuniu com os líderes humanos que foram escolhidos pelos Anunnaki para governar os diferentes reinos da Terra. Anu ficou satisfeito com o progresso que os Anunnaki fizeram na Terra e elogiou Enki e os outros por seu trabalho árduo e dedicação à missão dos Anunnaki."

Noutros textos de Stichin, sobre a décima segunda tabuleta, encontramos algo ainda mais interessante e significativo, que é onde o episódio das fogueiras é mencionado:

"Depois, a um sinal do Zumul, começou-se a cantar o hino O Planeta de Anu se Eleva nos Céus, pois, do nível mais alto, o sétimo, divisou-se o avermelhado Nibiru.

Os Anunnaki batiam palmas e dançavam com a música, celebravam dançando e cantando, cantavam em homenagem ao planeta Nibiru que aumenta em brilho; ao planeta celestial do senhor Anu.

A um sinal se acendeu uma fogueira, vendo-se de lugar em lugar que se acenderam mais fogueiras: antes que terminasse a noite, toda a terra do Edin estava acesa com fogueiras!

Depois da repasto de carne assada de touro e carne de carneiro, de pescado e de caça, acompanhada de vinhos e cervejas, Anu e Antu se recolheram às suas dependências para que passassem a noite;

Anu e Antu agradeceram a todos os Anunnaki pela suntuosa festa."

A questão emblemática dessa visita de Anu à Terra, além das fogueiras, decorre do registro das datas e da suposta (por Sitchin) influência na criação do calendário judeu, de uso mais religioso, e sua curiosa relação com o calendário gregoriano, este mais ocidentalizado e universalizado:

"Para comemorar a visita do rei Anu, introduziu-se uma nova conta da passagem do tempo, um novo calendário, com a contagem pela passagem dos anos da Terra, não mais pela passagem dos Shars de Nibiru (1 Shar equivalente a 3.600 anos da Terra), para contar o que acontecesse na Terra. 

Na Era de Touro (o calendário tem início em 3.760 a.C., durante a Era de Touro, iniciada em 4.468 a.C), que foi dedicada a Enlil, começou a contagem pelos anos da Terra."

O texto das fogueiras pode ser encontrado na página 141 do livro A Guerra de Deuses e Homens, em PDF.

A Era de Touro, citada por Sitchin,  teria terminado por volta de 2000 a.C. e seria sucedida pela Era de Áries, que duraria aproximadamente até 0 a.C. A próxima era seria a Era de Peixes, que teria começado por volta de 0 a.C. e terminaria em breve, dando lugar à Era de Aquário. Essas eras astrológicas são baseadas na posição do Sol em relação às constelações do zodíaco ao longo do tempo.

Já na página 232, da mesma obra, Sitchin, toca em algo muito emblemático:

"Há muito é reconhecido que nossos calendários atuais derivam do calendário nippuriano original. Todos os indícios mostram que o calendário nippuriano começou por volta de 4000 a.C. na Era de Touro.
 
É aí que encontramos uma outra confirmação sobre o cordão umbilical que liga os hebreus a Nippur. O calendário judaico continua contando os anos a partir de um enigmático início em 3760 a.C. (de modo que em 1990 o ano judeu era 5750).
 
A tradição diz que essa seria uma contagem "a partir do início do mundo", mas a verdadeira afirmação que os sábios judeus fizeram é que esse é o número de anos que se passaram "desde que começou a contagem dos anos".

Supondo-se, somente para fins de exercício mental, que Sitchin tenha razão em suas insinuações de que o início do Calendário Judeu, em 3.760 a.C., teria correlação com a visita de Anu à Terra, então também seria verdade outras assertivas curiosas delas decorrentes:
  • A visita seguinte de Anu, ou dos Anunnaki, teria sido, então, por volta de 160 a.C., 3.600 anos depois, sendo esta uma data muito próxima do ano zero do Calendário Gregoriano, iniciado por conta do nascimento do Cristo. O Calendário Gregoriano foi introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582 e foi baseado no calendário juliano, criado por Júlio César em 45 a.C., mas com ajustes para corrigir o desvio em relação ao ano solar. Anu e Cristo, assim tão próximos na história humana?
  • A próxima visita dos Anunnaki, e de seu suposto planeta Nibiru, de órbita de 3.600 anos, seria, então, em 3.440 d.C. e jamais em 2.012, como propuseram alguns estudiosos do calendário Maia;
  • Já no calendário judeu, se dermos voz a Sitchin, as visitas dos Anunnaki, teriam contagem mais simples e transparente: ano zero, em 3.760 a.C.; depois ano 3.600, em 160 a.C. e finalmente ano 7.200, em 3.440 d.C., quando seria a próxima visita.
E ainda ficaria uma pergunta muito curiosa e emblemática: longe de polemizar aspectos religiosos, mas baseado somente em exercícios sobre os números de Sitchin, estaria o povo judeu aguardando a visita de Anu, em seu ano 7.200 (3.440 d.C.)?

Por fim, continuando sua análise de datas, Sitchin, na página 154 de sua obra A Guerra de Deuses e Homens, descreve mais considerações relevantes:

"Até agora ninguém prestou atenção especial à contagem de 3.650 anos que Manetho atribui ao reinado dos semideuses que pertenciam à dinastia de Thot. Nós, porém, consideramos essa cifra altamente significativa, pois ela só difere do período orbital de Nibiru em 50 anos.

Não foi por acaso que o avanço da humanidade - da Idade da Pedra até a alta civilização suméria - aconteceu em intervalos de 3.600 anos. Foi como se uma misteriosa mão erguesse a espécie humana para um patamar maior de cultura, conhecimento e civilização, em etapas bem demarcadas. 

E, como mostramos em O 12º. Planeta, cada uma dessas idades corresponde à ocasião em que, por causa da aproximação de Nibiru, tornavam-se possíveis as idas e vindas dos Anunnaki entre seu planeta e a Terra.

Essas etapas de progresso da humanidade espalharam-se a partir de um núcleo mesopotâmico para todo o resto do mundo. 

Assim, a "Idade dos Semideuses" dos egípcios - um período em que reinaram os filhos nascidos da coabitação entre homens e deuses -, que segundo Manetho durou de 7100 a.C. até 3450 a.C. sem dúvida nenhuma coincide com o Período Neolítico no Egito.

Portanto, podemos tomar por certo que a cada um desses intervalos de 3.600 anos os Grandes Anunnaki, os "Sete que Decretam", discutiam o destino da humanidade e as relações dos deuses com ela."

Embora as teorias de Sitchin não sejam amplamente aceitas pela comunidade acadêmica, elas são muito consistentes, pesquisadas e orientam a publicação de muitas outras obras e análises de ufologistas, esotéricos, romancistas, bloguistas e pesquisadores.

E você, meu amigo, minha amiga,
tem curiosidade sobre os textos de Sitchin encontrados em Crônicas da Terra?

Teria ele razão sobre a origem da humanidade atual 
e sua correlação com as supostas visitas dos deuses Anunnaki à Terra?

Deixe seus comentários e até a próxima postagem.

Gratidão.

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